Donzela, Guerreira, Santa
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Donzela, guerreira, heroína, fanática religiosa, santa… Joana d’Arc permanece até os dias de hoje como um dos maiores símbolos da França. Canonizada pela Igreja Católica apenas no ano de 1920, ela permaneceu por mais de 600 anos no imaginário popular francês como uma figura misteriosa que desempenhou um papel de grande importância para o fim da Guerra dos Cem anos (1337-1453) e na subsequente vitória francesa.

Nascida em Domremy, localizada no nordeste da França, era filha de camponeses e desde de muito jovem, dizia ouvir vozes que a incitavam a realizar feitos em favor da soberania nacional. Segundo a própria Joana, essas vozes pertenciam a São Miguel Arcanjo, a Santa Catarina de Alexandria e a Santa Margarida de Antioquia. Estimulada por esses clamores, a jovem sai em busca do delfim Carlos de Valois com a missão de auxiliá-lo na guerra de sucessão contra os ingleses.
Surgiram muitas lendas a respeito desse encontro. O que se sabe é que foi concedido a Joana o direito de participar das batalhas ao lado das tropas de Carlos. Há muita controvérsia no que diz respeito ao papel por ela desempenhado durante esse período. Algumas histórias relatam que ela apenas acompanhava as tropas e estimulava os soldados nos acampamentos, outras dizem que ela também participava dos concelhos no quais se decidiam as estratégias de guerra. Há ainda aquelas que propõe que a jovem participava efetivamente das batalhas vestida com armadura, segurando seu estandarte.

O que não se pode negar é que durante o período em que Joana d’Arc esteve com o exército francês, houve uma reviravolta na guerra com a França ganhando uma batalha após a outra, possibilitando inclusive a coroação de Carlos VII. Para que o rei, no entanto, pudesse exercer seu poder sobre a nação de forma satisfatória e vencer os ingleses, era necessário que Paris fosse recuperada.
Foi nessa tentativa de retomada da capital, que Joana foi capturada pelos seus inimigos. Foi julgada e condenada a perecer na fogueira, por heresia e assassinato em 1431. Não houve nenhuma tentativa efetiva de Carlos VII de salvá-la já que, a fama da donzela guiada pelos santos começava a se tornar bastante inconveniente. A lenda, porém, consolidava-se e a população passou a vê-la como mártir e heroína.

Contato: medievalissimo@gmail.com
- Texto: Bruno Rosa e Pauline Kisner
- Edição de Áudio: Bruno Rosa
- Capa: Bruno Rosa
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Pix: cliohistoriaeliteratura@gmail.com

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