5 de Julho de 1922

Há 98 anos acontecia a Revolta do Forte de Copacabana. A revolta foi planejada para derrubar o Presidente Arthur Bernardes, eleito em 1921. Para além do episodio das cartas ofensivas ao Marechal Hermes da Fonseca, Presidente do Clube Militar e muito popular no meio, a revolta representa uma das primeiras articulações mais concretas do Tenentismo e a luta contra as oligarquias da Republica Velha por parte dos militares.

No dia 04 de Julho de 1922, o capitão do forte Euclides Hermes da Fonseca, filho do Marechal Hermes – que estava preso, prepara o forte para a revolta com outros militares. No dia 05 se inicia a revolta e o forte é bombardeado. Os trezentos revoltosos travam uma luta inglória contra três mil homens, sob a mira dos obuses. A maior parte dos militares se rende, alguns são mortos e o próprio Euclides, que fora negociar é preso. O tenente Siqueira Campos decide resistir ao lado de 17 companheiros de farda e saem do forte na icônica marcha pela Avenida Atlântica.

Alguns dos participantes da revolta se tornaram lideranças importantes no movimento tenentista e continuaram a intervir mesmo após o seu sim, como é o caso do Brigadeiro Eduardo Campos. A revolta e tenentismo mostram como sempre os militares foram uma instituição política, por vezes partidária, que se posiciona e sempre interviu na política nacional.

Na imagem: Marcha dos 18 do Forte na Avenida Atlântica

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