Hoje Na História, 16 de Janeiro de 1938.

Em 16 de janeiro de 1938, há exatos 81 anos, nascia o humorista, escritor, dramaturgo, diretor, apresentador e ator Jô Soares. José Eugênio Soares, conhecido como Jô Soares, nasceu no Rio de Janeiro, é filho dos paraibanos Mercedes Pereira Leal e Orlando Heitor Soares, e bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal. Fã de Jerry Lewis, fazia graça desde de pequeno, e muito de suas comicidades foram influenciadas por seus pais. Chegou a estudar para ser diplomata, mas começou a perceber que seu caminho era o teatro e a comédia. Ele se apresentava em vários bares e boates desde cedo e assim foi ganhando atenção. No entanto, começou sua fama ao escrever o roteiro e interpretar o personagem Gordon, o mordomo no programa “Família Trapo”(1967) ao lado do já conhecidíssimo Carlos Alberto de Nóbrega. Dentre outros de seus programas estão: “Faça Humor, Não Faça Guerra” (1970), “Satiricom” (1973), “Planeta dos Homens” (1976), “Viva o Gordo” (1981), “Veja o Gordo” (1988), e os Talk shows, “Jô Soares Onze Meia” (1988-1999), e o “Programa do Jô” (2000-2016), além de suas participações e comentários em programas e suas apresentações solos teatrais, que foram “polêmicas” por serem explicitamente contra a ditadura, como: “Viva o Gordo, Abaixo o Regime”. Entre suas peças dirigidas e atuadas estão: “A Compadecida”, de Ariano Suassuna, “Passeio sob o Arco-Íris”, de Guilherme Figueredo, “Oscar”, de Claude Magnier; “Os 30 Milhões do Americano”, de Gladiator Labiche, e “Tudo no Escuro”, de Peter Schaffer, entre outras. E “Os 7 Gatinhos”, “Romeu e Julieta”, “O Estranho Casal”, “Oh Carol”, “A Feira do Adultério”. Jô é fascinado por Jazz, e já teve programa nas rádios Jornal do Brasil e Antena 1 do Rio de janeiro. Dentre seus livros mais conhecidos estão: “O Xangô de Baker Street” (1995), “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998), “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” (2005), “As Esganadas” (2011), entre outros. Em 2016, Jô Soares ganha a honraria da cadeira de numero 33 na Academia Brasileira de Letras, sendo assim homenageado e consagrado por suas contribuições e obras. No mesmo ano, Jô acaba optando por sair da televisão, colocando fim ao seu programa de entrevista. Porém, ainda mantém suas ideias em prática, continuando a dirigir peças teatrais, como por exemplo “A noite de 16 de janeiro” (2018). Difícil falar de tudo que esse homem fez, mas para mais curiosidades podem ler sua biografia: “O livro de Jô – uma autobiografia desautorizada – vol. 1 e vol. 2”. Não caberia aqui em palavras o quão é rico e importante seu trabalho, seus pensamentos, suas criticas, suas criações, seus debates, a capacidade de ouvir, e gerar oportunidades, dar espaço ao outro e mostrar algo diferente, tanto para as artes, quanto no contexto social e politico brasileiro.
Feliz Aniversário Jô! Tudo de bão!
(Nem preciso falar que queria ser entrevistada por ele e conhece-lo).
E vocês, qual é a memoria que vocês tem de Jô Soares ?
Na imagem: Jô imitando Jerry Lewis.

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