Hoje Na História, 7 de Janeiro de 1355

Há 665 anos, no dia 6 de Janeiro de 1355, era assassinada dona Inês de Castro, amante e postumamente reconhecida como esposa do rei português Pedro I, o Justo. De origem galega, Inês se mudou para a corte portuguesa em 1340 para ser dama de companhia de dona Constança de Castela, primeira esposa de Pedro, então príncipe infante ao trono português. Com o passar dos tempos, ambos se aproximam, se conheceram e se apaixonaram e passaram a desenvolver um relacionamento (mas nem tanto assim) escondido. O pai do infante, Afonso IV, não gostava desse romance, pois deixava a nobreza castelhana, que havia sido exilada de Portugal, muito próxima da corte, afinal os irmãos de Inês se tornaram grandes amigos e conselheiros de Pedro, o que levou a ordenar sua execução em 1355. Porém precisamos nos lembrar que em 1345 dona Constança morre e Pedro não se casa, para seu pai isso seria um horror, afinal ele temia uma crise dinástica e sucessora. Pedro e Inês se casam secretamente em 1346 e passam a viver, segundo a lenda, uma grande história de amor, digna das novelas de cavalaria. Esse amor se provaria fatal com o assassinato de Inês, porém como em toda novela de cavalaria houve o momento de vingança: quando ascendeu ao trono, Pedro reconheceu publicamente seu casamento com Inês, legitimou seus filhos e executou os carrascos do assassinato, além de, segundo a lenda, exumar o corpo de Inês, coroar seu cadáver e obrigar a corte inteira prestar homenagem a ela. Os dois foram estão enterrados no Mosteiro da Alcobaça, um de frente para o outro, onde se erguerão no Dia do Juízo Final, e a primeira coisa que verão serão um ao outro.
A história de dona Inês de Castro foi tema das mais diversas representações culturais e artísticas, sendo eternizada por Camões nos Lusíadas, além de ter dado origem a expressão popular “Agora a Inês é morta”.
Na imagem foto da efígie de dona Inês de Castro em Alcobaça

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