10 de setembro de 1167

Durante a Idade Média, as disputas políticas e territoriais estavam muito presentes na administração de boa parte das nações europeias. Com a Inglaterra não era diferente. No início do século XII, as disputas pelo trono eram marcadas por guerra civil e influência direta tanto da nobreza local, quanto da nobreza que possuía terras no continente – os ducados da Normandia e da Bretanha, por exemplo. Quando Henrique I perdeu o filho legítimo Guilherme Adelino em um naufrágio, a preocupação de quem assumiria a coroa o afligiu. Havia ainda sua filha Matilde, mas na época, ela se encontrava casada com o Imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Quando em 1125, seu marido morreu, Matilde voltou para a Normandia e, a pedido do pai, casou-se com Godofredo de Anjou. Com esse acordo matrimonial, Henrique queria assegurar não somente as fronteiras de suas terras no continente, como também a coroa para sua filha, elevando-a a sua herdeira. Porém, apesar de ter recebido o juramento de lealdade da corte inglesa, com a morte do rei, Matilde acabou sofrendo uma grande oposição vinda da aristocracia normada que, conjuntamente com a Igreja local, apoiou Estevão de Blois, seu primo. A contenda entre eles durou anos e Matilde efetivamente nunca se tornou soberana.
O conflito só seria resolvido quando seu filho Henrique, que continuou lutando pelos direitos da mãe, entrou em acordo com Estevão, tornando-se seu sucessor, o que ocorreu em 1154. Matilde ainda foi conselheira de Henrique II no início do reinado. Manteve-se na Normandia, administrado-a pelo restante da vida, estabelecendo sua corte em Rouen. Ela foi foi descrita como uma mulher muito inteligente e piedosa. Beneficiou e apadrinhou muitos mosteiros da Ordem de Cister. Morreu há 856 anos deixando um grande legado para seus descendentes.
Na imagem temos um retrato da Imperatriz Matilde realizada no século XV pelos monges de St. Albans. British Library.

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Conteúdo muito fraco, parece mais um “click bait”, parece mais site de ideologia
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