11 de Agosto de 3114 a.C.

Há exatos 5134 anos foi o dia considerado por diversas culturas mesoamericanas com o primeiro k’in (palavra maia para dia). E com o universo surgido, coube à Humanidade contar os dias, plantar a terra e reverenciar os deuses.

20 k’in formam um winal ou uinal. 18 winals formam um tun (360 dias). Vinte tuns formam um k’tun (7200 dias). Vinte k’tuns formam um b’ak’tun ( 144 mil dias). Vinte b’ak’tuns formam um piktun (2.880.000 dias). Vinte piktuns formam um kalabtun (57.600.000 dias). Vinte kalabtuns formam um k’inchiltun (1.152.000.000 dias). Vinte  k’inchiltuns formam um alautun (23.040.000.000 dias, ou 63.081.429 anos). Falta muito tempo para o segundo alautun começar.

O parágrafo acima serve para dar uma dimensão da enormidade da abstração que os povos originários foram capazes de chegar. Grandes matemáticos e astrônomos, viram um mundo muito além do que o que meramente enxergavam. Comparados à eles, muitos dos homens que atravessaram o oceano e perpetraram todo tipo de violência, não eram capazes de contar além de seus próprios dedos.

E justamente por isto, muitos defendem que foram alienígenas que foram os verdadeiros realizadores deste exercício de ver além do que estava em frente aos seus olhos. Humanos tão primitivos não podem ser capazes de tais maravilhas. Por isto a necessidade de explicações descabidas, para justificar preconceitos ainda mais descabidos.

E justamente a interpretação errônea do fim do 13º b’ak’tun em 20 de dezembro de 2012 fez muitos crédulos acreditarem em um cataclismo global instantâneo. Quando nós mesmos somos este cataclismo, mas nada instantâneos, apenas vorazes.       

Na imagem, vemos o observatório astronômico de Chichen Itzá, usado pelos sacerdotes maias para observar os céus, foi erguido no século X.

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