10 de Junho de 1579 ou 1580

Poucos poetas cantaram o Amor e a Pátria como Luís Vaz de Camões. Sua sensibilidade poética e sua capacidade em olhar e compreender o mundo em que estava imerso, expressos em suas composições, tornou-o uma das figuras mais importantes da Literatura Universal. Como foi possível racionalizar de maneira tão perfeita o Amor? Como não se emocionar com Jacó e sua Raquel? Como esquecer de Inês que depois de morta, foi rainha? São tantas referências que se poderia compor um livro apenas com elas…

Camões foi um homem de sua época. Nacionalista, acreditava que Portugal só teria um futuro se sua gente buscasse o desenvolvimento do raciocínio por meio da instrução. Não somente compôs o maior poema épico da língua portuguesa, como vivenciou as conquistas portuguesas, sendo ele mesmo um soldado. Apesar disso, compreendia o custo que as Grandes Navegações causaram à população de seu reino.

Pobre, no fim da vida, sentindo-se desesperançado depois de Alcácer-Quibir, viu o perigo espanhol mais uma vez se aproximar, ameaçando a soberania portuguesa. Dizem os biógrafos que foi acometido pela peste que assolava Lisboa, sendo enterrado quase anonimamente. Teve uma vida de excesso… era um homem passional, apesar de buscar a perfeição da razão na composição de sua lírica e épica. Morreu como viveu.

Na imagem acima, pôde-se ver a representação mais antiga e fidedigna do poeta.

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