17 de Março de 1992

Há 28 anos, em 17 de março de 1992, os africânders (brancos sul-africanos) votaram em um referendo que na prática sugeria a extinção do Apartheid, o regime de segregação racial amparado pelo Estado na África do Sul, vigente oficialmente desde 1948. Apesar do grande investimento em propaganda feito pelos quadros mais conservadores do país, o “Sim” pelo fim do regime obteve a maioria esmagadora dos votos. O próprio presidente da época, Frederik Willem de Klerk, participou ativamente da campanha, que era parte do conjunto de reformas que vinham acontecendo desde a sua posse em 1989. Apesar da importância deste referendo, é importante frisar que esta foi uma eleição onde apenas os brancos puderam participar, e portanto tem um peso muito menor no imaginário sul-africano no contexto do fim do Apartheid do que as primeiras eleições multirraciais na África do Sul, em 1994 onde Nelson Mandela foi eleito o primeiro presidente negro de seu país. Após este referendo, os africânderes perderam praticamente todo o seu poder político e as políticas de ação afirmativa para que as populações nativas fossem representadas e integradas ao Estado ganham força.

Na imagem, o presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk posa do lado de fora de seu escritório enquanto exibe uma cópia de um jornal local com manchetes declarando um resultado “Sim” no referendo na Cidade do Cabo, África do Sul, em 18 de março de 1992.

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