Hoje Na História, 28 de Setembro de 1992

Em 28 de Setembro de 1992 a Câmara dos Deputados aprova por 441 votos a favor, 38 abstenções e 23 votos contrários, a abertura do processo de impedimento que culminaria da renuncia do Presidente Fernando Collor de Melo. No primeiro processo “democrático” de fato após Ditadura Militar, Lula e Collor disputaram acirradamente o eleitorado brasileiro nas urnas. O processo de debates foi marcado por manipulações grosserias e enviesado pela Rede Globo de Televisão. Nem um ano havia se completado após o fim da União das Republicas Socialistas Soviéticas e a pecha do anticomunismo foi largamente usada na campanha difamatória contra Lula, que ainda possuía certa combatividade. Na pratica seu governo se mostrou um desastre econômico marcado por inflação, escândalos de corrupção, nepotismo e até escândalos sexuais. Ele destruiu centenas de empresas nacionais que não tinham condições para competir com o padrão de produção internacional. A cereja no bolo de sua impopularidade foi a medida de confisco nas poupanças para barrar a inflação, que do dia pra noite rapinou a economia suada de milhões de trabalhadores. Diversas investigações constataram casos de corrupção e fraudes ligados diretamente ao presidente. O caso mais emblemático foi o “Fiat Elba”, carro comprado para uso pessoal do presidente com dinheiro advindo de contas fantasma de seu tesoureiro de campanha. O consenso para o impedimento foi costurado no Congresso. Deste modo em 29 de dezembro de 1992 Collor opta pela renuncia para manter seus direitos políticos intactos.
Na imagem, Collor como símbolo sexual em um jet ski.

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