Hoje na História, 16 de Setembro de 1982

Em 16 de setembro de 1982., há 37 anos, tropas ligadas às Falanges Libanesas, partido político de direita ligado ao nacionalismo maronita libanês, iniciava uma série de ataques contra os campos de refugiados  de Sabra e Shatila, matando entre 360 e 4.500, o número total é disputado palestinos e libaneses xiitas. Sabra e Shatila ficam ao sul de Beirute, capital do Líbano. que estava enfrentando uma guerra civil que praticamente destruiu o país, pois além das forças internas em choque, principalmente xiitas, sunitas e maronitas, forças sírias, israelenses, palestinas e iranianas disputaram posições estratégicas no Líbano entre abril de 1975 e outubro de 1990. As forças da Falanges Libanesas atacaram os campos de refugiados entre os dias 16 e 18 de setembro, e é importante se lembrar que Beirute estava sob o Estado Livre do Líbano, um estado paralelo criado por libaneses maronitas com apoio tático e militar de Israel. O Massacre de Sabra e Shatila aconteceram em território controlado pelas IDF (Israeli Defense Forces, Forças de Defesa Israelenses) e as mesmas não se opuseram à matança generalizada de palestinos, revelando assim a faceta mais racista  do sionismo. Como indicação de aprofundamento de conhecimento sobre o tema fica a recomendação do documentário em desenho animado “Valsa com Bashir”, que retrata a tentativa de recuperação de memória de um soldado das IDF sobre as noites do massacre.

Na imagem foto de um memorial do massacre no campo de refugiados de Sabra, em Dahieh, subúrbio xiita em Beirute

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