1 de Dezembro de 1955

Há 65 anos, em 1 de dezembro de 1955, em Montgomery, Alabama, Rosa Parks disse “não” mudou toda uma sociedade. Voltando do trabalho, ela negou-se a obedecer ao motorista de ônibus James F. Blake que havia ordenado que ela cedesse seu assento na “colored section” (área reservada às chamadas na época de pessoas de cor) para um passageiro branco, depois que a seção exclusiva para brancos foi preenchida e o motorista mudar a placa que segregava à área comum do ônibus para uma fileira após a posição de Parks. Devido ao incidente gerado pela desobediência, Rosa foi presa, junto com outros passageiros que se envolveram na briga que se seguiu.
Parks não foi a primeira pessoa a resistir à segregação de ônibus, mas a “National Association for the Advancement of Colored People” (NAACP) acreditava que ela era a melhor candidata para enfrentar uma contestação no tribunal após sua prisão por desobediência civil na violação das leis de segregação do Alabama. O caso inspirou a comunidade negra a boicotar os ônibus de Montgomery por mais de um ano, no que foi a primeira grande campanha de ação direta do movimento pelos direitos civis após a Segunda Guerra Mundial. O processo se arrastou por quase um ano (muito tempo para os padrões norte-americanos), mas a decisão de novembro de 1956 deixava clara que a segregação racial nos ônibus é inconstitucional segundo a 14ª Emenda da Constituição dos EUA.
O ato de desafio de Parks e o boicote aos ônibus de Montgomery se tornaram símbolos importantes do movimento por igualdade de direitos civis nos EUA e Rosa tornou-se um símbolo de resistência à segregação racial. Ela organizou e colaborou com diversos líderes afro americanos, com destaque para um novo pastor batista em Montgomery que ganhou destaque nacional no movimento dos direitos civis e ganhou o Prêmio Nobel da Paz chamado Martin Luther King Jr.
Na imagem, Rosa Parks com Martin Luther King Jr ao fundo em 1955.

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