24 de Junho de 1995

Acontecia há 25 anos a partida que definiria o campeão mundial de rugby de 1995. De um lado estavam os temíveis neozelandeses, com seu grito de guerra e dança Maori; do outro, encontrava-se a surpreendente seleção da África do Sul, que chegava a final depois de anos sem apresentar uma campanha substanciosa. Para os amantes do esporte, a partida foi emocionante e a vitória sulafricana foi merecida. Para o restante do mundo, foi o momento de ver o presidente Nelson Mandela colher alguns dos frutos de uma campanha que pretendia vencer abismos.

Com o fim do Politica de Segregação Racial em 1991, conhecido por Apartheid, e com a instituição da democracia no país, Mandela foi eleito e seus desafios eram enormes… Ele recebia uma nação historicamente dividida, na qual o medo e a desconfiança racial marcavam fundamente a sociedade. Acreditando que o caminho para o desenvolvimento nacional estaria no apaziguamento e na criação de laços entre as pessoas, o presidente buscou implementar no país uma política que reforçava a igualdade racial, social e econômica em detrimento do revanchismo.   

O rugby acabou se tornando a principal propaganda do governo. Sendo um esporte até então essencialmente associados à população branca, a campanha daquele ano propôs recriar a identidade do time ao passar a associá-lo com a Nação Arco-Íris, estimulando todos os cidadãos, independentemente da raça, a torcerem e se orgulharem do time que representava um país multirracial.

Para aqueles que gostam ou não de cinema, o filme Invictus, do diretor Clint Eastwood de 2009, retrata de maneira excepcional esse momento tão importante da história humana.

Na imagem, vemos o então presidente Nelson Mandela cumprimentando o capitão do time sulafricano de rugby François Pienaar.  

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