28 de Maio de 1830

Há 190 anos o presidente dos EUA Andrew Jackson assinava o Indian Removal Act (Lei de Remoção Indígena, em tradução livre do inglês) que autorizava o presidente dos EUA a negociar a saída das terras ancestrais dos povos nativos do sul do país e realoca-los em terras federais à oeste do rio Mississipi. Com a assinatura de Jackson começa no país de segregação e confinamento dos povos nativos em reservas indígenas, em mais um capítulo da história de genocídio, apagamento e isolamento desses povos, marca que marcou profundamente a sociedade estadounidense.
A lei foi amplamente apoiada tanto pela população do sul quanto do norte, e sofreu forte oposição, obviamente, das populações indígenas, principalmente os da etnia Cherokee, que se uniram numa confederação em oposição à lei e à mudança forçada, e pelo Whig Party, partido de oposição ao Partido Democrático, liderado então pelo presidente Jackson. Paradoxalmente ao tempo presente, o Whig Party é o embrião do que viria a ser o Partido Republicano, considerado o partido conservador e reacionário dos EUA.
Os povos nativos não tinham força política, militar ou econômica para negociar com o governo dos EUA, e esse acabou forçando a transferência dos indígenas no que ficou conhecido como Trial of Tears (Caminho das Lágrimas, em tradução livre do inglês). A questão da remoção forçada, do genocídio, das guerras levou os EUA a criarem as reservas indígenas, terras onde os povos nativos possuem autonomia e soberania, o que na prática configura um Estado plurinacional.
Na imagem ilustração de Andrew Jackson datada de 1829, à época do seu discurso no State of Union, onde conclamou o congresso a passar a referida lei.
Stjepan Filipović, presente, hoje e sempre!

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