19 de Março de 1919

Em 21 de Março de 1919, há 101 anos, foi proclamada a República Soviética da Hungria, cuja marca é ser um território multiétnico e diverso culturalmente. Passaram pelo jugo do Império Otomano e pelos Habsburgo, a perseguição ao grupos minoritários sempre foi uma constante nas diversas políticas de ocupação do país. A questão nacional ou o sentimento de violação da soberania sempre foram causas mobilizadoras para o povo húngaro. As revoltas camponesas eram constantes, tendo como destaque o processo de revolucionário de 1848, onde os camponeses se levantaram com a opressão “feudal” e o sistema de privilégios. Alguns reformas foram tentadas mas a reação dos latifundiários, apoiados sobretudo pelas classes dominantes austríacas, consolidou a contra-revolução e um retrocesso nas pautas populares. A questão das minorias étnicas se agrava com um série de legislações discriminatórias. O ínicio do século XX é marcado por revoltas proletárias, greves e levantes camponeses. A Primeira Guerra Mundial e a extensão do conflito fazem com que a paz entre na agenda política do proletário e campesinato húngaro, bem como as condições de vida degradas e a superexploração imposta pela economia de guerra. A Revolução de Outubro e a coalizão de diferentes forças sob a égide do Partido Social Democrata Húngaro avançaram rapidamente as forças revolucionárias do país. Em 1918 a “saída republicana” é colocada à baila, se mostrando insuficiente para conter as demandas mais avançadas dos trabalhadores. As nações imperialistas tentaram uma malograda intervenção no país, o que forçou a renúncia do presidente Karolyi, e o governo passa então para os sovietes organizados.
Na imagem poster bolchevique incentivando a luta dos trabalhadores.

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