11 de Março de 1845

No dia 11 de março de 1845, há 175 anos, começava em Northland a Guerra do Mastro da Bandeira, conhecida na historiografia britânica como Flagstaff War, ou Northern War ou ainda Heke’s War, um dos conflitos que viria a formar as Guerras da Nova Zelândia, conflito entre as forças colonizadoras do Império Britânico e seus aliados nativos contra as resistências māori, população indígena das ilhas que hoje formam a Nova Zelândia. Os choques militares durante entre março de 1845 até janeiro de 1846, quando os dois lados do conflito resolveram encerrar o conflito. As causas do conflito, a queda de um mastro de bandeira, pode parecer bobo e simplório, porém é preciso nos lembrar que símbolos pátrios e nacionais têm um potência e retórica significativos quando se trata de dominação colonial e imperialismo, e o fato de povos originários se revoltarem contra os colonizadores ao ponto de destruir esse símbolo adquire conotações políticas e simbólicas enormes, ainda mais quando colocamos em perspectiva que o mastro foi um presente do próprio líder da revolta, o chefe tribal Hōne Heke, para o primeiro habitante britânico James Brusby, ou seja, dando um sentido de que os ingleses não eram mais bem-vindos na região.
Na imagem ilustração de Heke tirando o mastro da bandeira britânica, presente no livro New Zealand; romance of empire, de Reginald Horsley e ilustrado por A.D. McCormick, datado de 1908

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