27 de Fevereiro de 1933

Em 27 de fevereiro de 1933, há exatos 87 anos, ocorreu o Incêndio no Palácio de Reichstag. O prédio foi incendiado um mês após a nomeação de Hitler para o cargo de Chanceler da Alemanha. Quando a polícia entrou no palácio em ruínas, encontraram o ativista antifascista Marinus van der Lubbe. Logo depois chegaram Göring e Hitler, que ao encontrarem Lubbe declararam que o incêndio tinha sido causado por ele e outros comunistas.
Hitler acabou declarando estado de emergência, afim de tirar proveito da situação. Tal ação fez com que o atual presidente alemão Hindenburg assinasse o Decreto do Incêndio do Reichstag, que suspendia a maioria dos direitos humanos garantidos pela constituição. Segundo a polícia, Lubbe confessou que teria ateado fogo em protesto contra os nazistas (sendo condenado à morte e decapitado em 1934). Com isso, os deputados comunistas foram proibidos de tomar seus assentos no parlamento e os líderes comunistas foram presos. Desta forma, o partido nazista obtiveram 44% dos votos nas eleições de março de 1933 e passaram a ter 52% de cadeiras no parlamento, e o apoio do Partido Popular Nacional Alemão. Para chegar a Lei de Plenos Poderes subornaram demais partidos. E assim, aprovaram a lei, dando a Hitler o poder do Reichstag para governar por decreto e para suspender diversas liberdades civis.
Há relatos não confirmados, que o próprio Partido Nazistas haviam ateado fogo no palácio para culpar os comunistas e poder seguir com seus planos. De qualquer forma, o incêndio do Reichstag foi um pretexto usado, e bem aproveitado pelos nazista para obterem ainda mais poder sobre a Alemanha. O Palácio de Reichstag foi construído em 1884, e era a sede do parlamento alemão. Depois do incêndio não foi usado como parlamento, e durante a Segunda Guerra Mundial ele foi usado para fins de propaganda e para propósitos militares. O prédio foi danificado também por ataques aéreos durante a guerra. Mesmo em ruínas, em 1956 foi decidido que o Reichstag não deveria ser demolido, mas sim restaurado.
No entanto, o prédio só foi reutilizado em 1990 para uma exposição e encontros ocasionais. E apenas em abril 1999 o prédio foi reinaugurado como sedo do parlamento, por conta da transferência do governo alemão para Berlim.

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