Em 30 de janeiro de 1933, há 87 anos, Adolf Hitler assumia o posto de chanceler da Alemanha.
Hitler desde de muito jovem tinha ideias nacionalistas, pan-germânicas e anti- semitas. Sempre interessado na politica, sempre com um sentimento patriótico.
Mesmo sendo da Áustria, não queria servir no exército austríaco devido a alta miscigenação das forças armadas. Então, se alistou no exercito da Baviera.
Assim, participou da Primeira Guerra Mundial servindo como mensageiro na Frente Ocidental, serviu no quartel-general do regimento em Fournes-en-Weppes, nas batalhas de Ypres, do Somme e de Arras e em Passchendaele. Foi condecorado por bravura, e recebeu varias medalhas e distintivos, foi um soldado exemplar e muito elogiado, porém, nunca passou da patente de cabo.
Em março de 1917 foi informado da derrota da Alemanha no hospital onde curava-se de uma cegueira temporária que sofreu por conta de uma batalha, e ao receber a noticia a cegueira apareceu novamente, devido a profunda tristeza.
A Primeira Guerra só reforçou seu sentimento nacionalista, a vontade de luta, e suas ideias segregadoras, gerando estimulo para suas ações futuras, moldando e sustentando suas bases ideológicas. Ele como muitos soldados nacionalistas também acreditava no Dolchstoßlegende (a “teoria da punhalada nas costas”), dada pelos soldados socialistas, marxistas, bolcheviques e judeus alemães, que dessa forma traíram o exército alemão ao abrirem mão do esforço de guerra, da vontade de ganhar e de defender a nação. Fato esse muito usado mais a frente como discuso para ascensão nazista.
Com o Tratado de Versalhes veio a grave crise social, política e econômica, do pós-guerra. Ao designarem que a Alemanha teria que pagar reparações para as nações vencedoras e atribuírem a culpa do conflito ao país fez com os alemães se tomassem de sentimento de injustiça e humilhação reformulando suas ideias. Tal sentimento e busca pro uma mudança seria explorado por Hitler para fins políticos.
Hitler decidiu permanecer no exército, 1919 virou agente de inteligência do Comando de Reconhecimento do Reichswehr trabalhando para motivar e convencer outros soldados a se filiar ao Partido Alemão dos Trabalhadores (DAP). Ao entrar em contato com o DAP ficou admirado com o discurso nacionalista anti-semita, anti-marxista, anti-capitalista de seu fundador Anton Drexler, que por sua vez se impressionou com a oratória de Hitler, chamando-o para entrar no partido, e em setembro de 1919 ele aceitou. Ao entrar par o partido, conheceu Dietrich Eckart, um dos fundadores do partido, que acabou virando seu mentor. O DAP mudou seu nome para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) (ou Partido Nazista), (vale muito apena lembrar que mesmo antes ou depois da mudança do nome do partido, ele era anti-comunista e anti-marxista, não era de esquerda, o termo “Socialista” é usado de uma forma bem diferente).
Hitler acabou se dispensando do exercito em 1920, e começou a trabalhar no partido.
Em novembro de 1923, Hitler se aproximou do general Erich Ludendorff e junto do NSDAP tentaram tomar o poder na Baviera através de um golpe (“Putsch da Cervejaria”). No entanto o golpe, não foi bem sucedido, foram pegos e banidos de Baviera. Hitler foi preso, ficou na cadeia um pouco mais de um ano.
Depois desse caso o NSDAP foi bastante prejudicado e perdeu bastante sua força. Mas não demorou muito em 1925 o Partido Nazista deixou de ser banido e voltou a ativa.
A Crise de 29 foi usada como vantagem pelos nazistas, foi pretexto para o discurso de promessas para conseguir mais força e poder e promover o partido, e foi o que aconteceu. Nas eleições de 1930, o partido nazista tornou-se a segunda maior bancada no parlamento, conquistou 18,3% dos votos e 107 assentos.
Em 1932, finalmente se tornou cidadão alemão, Dietrich Klagges o nomeou como administrador da delegação do estado, fazendo-o um cidadão de Brunswick. Desta forma, Hitler concorreu contra Paul von Hindenburg nas eleições presidenciais. Ele acabou não ganhando, teve cerca de 36% dos votos (ou 13,418,517 de pessoas). Porém, mesmo tendo perdido, a eleição o deu mais força e o tornou uma forte figura na política.
O pouco do governo de Hindenburg não foi eficaz, sem base política o parlamento estava prestes a desmoronar. Então, Alfred Hugenberg e Franz von Papen escreveram uma carta para Hindenburg pedindo que indicasse Hitler para o cargo de Chanceler. Mesmo não gostando de Hitler, em tais circunstancias o presidente decidiu assim fazer.
Com a ajuda de uma coalizão, entre o NSDAP e Partido Popular Nacional Alemão (DNVP).
Em 30 de janeiro de 1933, no escritório do presidente foi formado e oficializado um novo gabinete formado pelo Partido Nazista que ganhará três cargos no governo: Hermann Göring o Ministro do Interior da Prússia, Wilhelm Frick o Ministro do Interior do país e Adolf Hitler o novo chanceler da Alemanha.
Houve uma grande comoção naquele dia em Berlim, uma multidão tomaram as ruas para avistar o Chanceler. Os batalhões da SA desfilavam pelo Portão de Brandemburgo, e Hitler foi contemplado por seus seguidores enquanto acenava da janela da então Chancelaria.
Hitler conseguiu chegar no topo, com sua nomeação ele estava prestes a concretizar todas sua ideias, conseguir todo controle e poder que queria.
De sua posse em diante, rapidamente, junto de seus aliados, ele começou a sancionar leis que permitiam a ele tomar posse de todos os poderes, obtendo o domínio pro completo do governo, instaurando seu regime ditatorial nazista na Alemanha.